A água brotava nas pedras, quem diria.
E fugia cercada
de matinhos.
Quem matou?
Aqui houve um córrego, nascia lá naquele morro.
Agora há um tubo.
Quem morreu?
Um tubo de cimento.
Cimentério do rio morto, nem mesmo dorme.
Não há céu de rio morto.
O céu dos rios verte álgrimas de rio,
mas só de rio vivo.
As pedras guardam os sorrisos que voltam, quem diria?
Os pássaros
estão no viveiro,
As pedras estão nas pedreiras,
O rio debaixo da terra.
Quem vive?
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