Lembrando Rosa Montero
Martírio do desamor
Na dor do afeto perdido
Medido insone nas noites.
Açoites só de negrume
Costume de secas lágrimas
Esgrimas, fio de florete.
Na rede das emoções
Vulcões em lavas geladas.
Aladas línguas zombando
A mando de alheio pesar,
No bar em que confessara
A rara mágoa sofrida .
Dorida paixão presente,
Ausente faz do futuro
O muro que nos separa
Da clara bruma do olvido.
A dor de amor que assim era,
Quimera é, nada mais.