sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Esconde-esconde


Brinco de esconde- esconde
Entre as minhas fantasias
Procuro-me, mas onde, onde
Nas salas vazias?

Fora não vale,  grito
Em fingida irritação.
Mas corro para os quintais da vida,
Espaço enorme em  becos e ladeirinhas,
Portas abertas e fechadas.

Acusado aí,  no armário  da infância,
Acusado aí, nos desvãos da juventude.
A resposta do silêncio não surpreende
Pois certamente sei
que não me escondo nas fantasias velhas.

Acusado aí, no portão da rua.

Então sou obrigado a  sair vencido
Da fantasia de caminhar além do existir...

Um comentário:

  1. A mágica das palavras: a potência de fazer nascer, existir, pulsar, voar e perdurar!... Abraços alados e poéticos. (E um detalhe: aqui pousei através de uma indicação do querido Mago das Letras, o professor Pietro Nardella-Dellova).

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