terça-feira, 10 de abril de 2012

Cantata



Solidão de catedral
Ecoam no  alto
O oboé d´amore
E a  voz de contralto
Pro Deo  honore.

Angustia inominável
Desejo ardente da alma
Sopro que não acalma
Contrição interminável

Por um instante
o  sopro vital
segue o som  errante.

Difusa   luz  de vitral.
Quieto, sólido e opaco
O corpo no  banco
Aguarda  sereno.

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