Na esquina do dia
(emprestada
do Sabino, que talvez tenha emprestado também)
Pois na primeira esquina
do dia
Há um boteco com
cafezinho de coador para os inocentes,
Sol quase lambendo o
balcão
E cachacinha para quem
não é feito de ferro...
Um quarteirão de dia, depois,
Na segunda esquina,
Há um bar com guaraná,
Pedaço de pizza de
mussarela e petisco
Cerveja gelada e
caipirinha para os viventes de barro...
Na última esquina, logo
ali depois,
Já dobrando no quarteirão
da noite
Conversa de calçada e
esquecimento de luar.
Esquecimento de luar
sempre tem boa memória.
É até capaz de assobiar a
Valsa número Dois do Mignone.
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