sábado, 1 de setembro de 2018

Surrealismo sociológico



Penitenciárias
são  tapetes.

Viaturas, camburões
são vassouras varredoras.

As favelas,  campos, periferias
são turbinas (produtoras).

Os hospitais
São usinas (de reciclagem).

As casas de repouso, manicômios,
 depósitos (do que sobrou).

As delegacias, quarteis,
 fábricas  (de arame farpado).

Escolas, universidades, livrarias, museus,
fabricantes de fermento (para rápido crescimento).

Cidades  prédios, hotéis, condomínios,
 bocas insaciáveis (mastigando sem parar).

Ruas, praças, estradas, viadutos
são talheres, garfos, colheres, facas.

Os escritórios, agências, bolsas e gabinetes,
o  aparelho digestivo.

Fios, postes, antenas,
Computadores, telas,  monitores,
partes pequenas do intestino  (delgado).

Templos, igrejas,  estádios, assembleias, arenas,
Vasilhas de cozinhar.

Aparelhos de ar condicionado, chaminés, escapamentos,
Dutos  de escoamento (por certo já no reto).

Moedas, ouro, investimentos,  ações, recebíveis (de variada natureza),
combustíveis do fogão.

Nós, gente, povo, nação
somos o lixo (o que  sobra do que foi digerido
pelo moderno dragão)...









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