terça-feira, 20 de setembro de 2011

Há começo, não há fim.


O que governa o incontido desejo de saber?
    

A faca brilha ao luar.

Será uma faca moura
Vestida de poesia?

Ou será simples tesoura,
Nas mãos da jovem rainha,
Retalhando a fantasia
Ao findar  do carnaval?

Saltam no ar
Lantejoulas.

Há sangue cor de papoulas
Escorrendo no final?

Será  amante enciumado?
Será uma ladainha?
Será um beijo carmim
Soluçado na bainha ?

Nuvens recobrem a luz.
Nada mais ali reluz.
A cena perde-se ao meio
na escuridão que adveio.

Na alma um frio de marfim...
Há começo, não há fim.

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